Olá...
Meu nome é Rebecca, sou casada há 19 anos com o Alexandre e tenho 4 filhos.
A Maria Thereza tem 19 anos, é faixa azul de Taekwondo e está fazendo Cursinho Pré-vestibular, ela quer fazer Arquitetura.
O Alexandre Filho tem 16 anos e é faixa vermelha e preta de Taekwondo.
A Maria Antônia tem 14 anos, já sabe que vai fazer Veterinária e é minha editora, administradora e "chefa" neste projeto.
A raspinha do tacho é o Roberto Vitório que tem 5 anos e é o provador oficial da Garagem Gourmet.
Ainda sou "mãe" de três caninos: a Naná, uma São Bernardo que pensa que tem apenas dois quilos, a Nina uma Border Collie mega levada, o Noah um lorde canino e a Charlote Xuxu.
Sou advogada, tenho duas pós graduações em direito e uma em educação. Depois de muito tempo percebi que eu não aguentava mais trabalhar com problemas. Direito é problema o tempo todo. Você está sempre estressado, atrasado, aborrecido...
Quando tinha alguma notícia ou resultado bom, a alegria durava apenas 5 minutos porque logo em seguida eu já estava correndo atrás do prejuízo.
É uma profissão boa profissão, mas o desgaste pessoal e emocional é muito grande. Nunca consegui ser indiferente aos problemas dos outros, eu sofria com tudo aquilo. Sofria em ver as pessoas sofrendo e vendo a indiferença de advogados, juízes e promotores. O modelo de prosperidade americano do que é ser um jurista nunca me serviu.
Quero deixar claro que adoro o direito, mas ele é lindo apenas no papel. Foi aí que nós mudamos para Curitiba e resolvi me dedicar a minha família. Não era o caso de parar de vez de advogar, mas de priorizar a vida em família.
Fui percebendo que cozinhar, plantar, cuidar, era exatamente o oposto do que eu tinha vivenciado durante 20 anos da minha vida. Antes eu entendia que eu tinha que ser uma excelente mãe, esposa e profissional e que as "tarefas domésticas" poderiam ser delegadas para a minha secretária. Sem crise, não é? Afinal todo mundo faz isso. O estranho e anormal seria eu estar em casa tendo 3 pós graduações. Mas percebi que nunca fui tão "de bem com a vida".
Posso trabalhar quando entendo que uma causa é relevante, cuido com todo o cuidado do meu marido e dos meu filhos, fico satisfeita em fazer comidinhas especiais para eles e para os amigos, em cuidar da minha casa.
Foi apenas no último ano que passei a ter prazer em cozinhar. Antes eu fazia por obrigação ou melhor, não me permitia ter prazer porque afinal de contas é politicamente incorreto gostar de atividades machistas e submissas, não é? Kkkk. Mas ver e sentir meus filhos, meu marido e os amigos tendo satisfação em provar um "mimo" culinário, fez com que eu aprendesse que cozinhar é uma das formas de dizer "eu te amo".
Meu objetivo na vida agora é praticar o amor todos os dias. É mais ou menos isso que pretendo fazer por aqui... Contar estórias de como isso acontece numa casa com 1 marido, 4 filhos, 3 cachorros, 1 gato e muitos amigos.
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